Se você não conhece o OkCupid, deveria conhecer.
Ele é o irmão mais novo do Tinder e o meu preferido desses apps de pegação conhecer partidos. 😛
E por que ele é o meu preferido?
Porque te possibilita a escrever um perfil longo com as suas preferências, o que você não consegue viver sem e o que as pessoas notam de primeira em você, preencher detalhes como altura, signo, religião, se você fuma ou não, além de ter uma parte de perguntas e respostas super bem-humoradas (tipo aqueles cadernos de perguntas da 5ª série, lembram?) para depois bater com o boy e ver se vocês pensam parecido. Então, com este perfil completo, já dá para ter mais ou menos uma ideia se o boy é #ciladabino ou não pelo que ele escreve.
E você ainda pode se conectar com gente do mundo todo porque além de te possibilitar mudar sua localização, pessoas aleatórias aparecem no feed de atividade do aplicativo e você pode casualmente mandar um Oi! para quem quiser, pois você não precisa de um match para abrir um chat.
E foi assim que conheci o tal boy em questão que morava em Boston.
Aleatoriamente, apareci no feed dele, ele me mandou mensagem e conversamos por cerca de um ano até eu viajar para Nova York e, por que não, encontrá-lo?
Nessa viagem, eu já tinha na cabeça que gostaria de visitar alguma outra cidade e estava entre Washington, Filadélfia ou Boston, por causa de Harvard. Tendo uma companhia por lá, bati o martelo e fui conhecer a capital de Massachusets.
De Nova York, é possível ir até lá de avião, ônibus ou trem. Escolhi o ônibus noturno da Megabus que saía de um ponto perto do Rio Hudson, na área de Hell’s Kitchen e custou mais do que o 1$ prometido pela companhia porque eu não comprei com tanta antecedência. Dependendo da data, dizem que você realmente consegue comprar seu ticket por apenas 1 doleta.
Até a South Station em Boston, são seis horas num ônibus não tanto confortável e com um ar condicionado ligado no talo. Eu não levei casaco e nem travesseirinho de pescoço e cheguei lá quebrada.
O boy já estava me esperando na rodoviária e ficamos matando tempo até amanhecer e sairmos para tomar café, já que o ônibus chega de madrugada.
Nossa primeira parada foi o Beacon Hill, o bairro chique e fofo, cheio de ruas estreitas e prédios feitos de tijolinhos vermelhos. Ao pé dele, fica o Boston Common, o parque público – gracinha – mais antigo dos EUA e ponto de partida da Freedom Trail, um dos mais conhecidos pontos turísticos da cidade.
De lá pegamos o metrô e fomos até o lugar que eu mais aguardava: a Universidade de Harvard que, na verdade, fica em Cambridge e não em Boston como todo mundo pensa. São menos de 20 minutos até lá e eu tive uma grande surpresa quando cheguei.
Grande não, pequena. Sim, Harvard é tão pequenininha que eu lembrei na hora de quando a gente assiste os desfiles de escola de samba pela televisão e quando vai a Sapucaí, vê que não é tão grande assim. Tão pequena e discreta que nem letreiro eu vi. Porém, ainda assim vale a visita só por estar no mesmo lugar em que grandes mentes estudaram e tudo é muito limpo e bem cuidado.
De volta a Boston, fomos andando pelo centro até chegar ao Quincy Market, o mercado mais famoso da cidade, construído em 1824! :O
Além de ser lindo por dentro, ele é cheio de comidinhas, souvenirs e aquela baguncinha boa de locais e turistas, ou seja, uma atração imperdível. Do lado de fora, ainda rolam shows de artistas de rua muito bons que valem totalmente o seu tempo para assistir.
De lá, fomos andando pela waterfront, atravessamos uma ponte e do outro lado estava o Seaport District, uma área muito agradável, onde se pode ver o skyline de Boston (a foto que ilustra o post), relaxar com o vento batendo na cara e observar as pessoas fazendo seus exercícios a “beira-mar”.
Boston é conhecida por suas lagostas e eu não poderia deixar de comê-las. Almoçamos no Barking Crab, um restaurante muito legal, com ambientação maneiríssima e informal que faz você sentir como se estivesse em uma praia de verdade.
Depois do almoço, descansamos durante a tarde e voltei no ônibus noturno para Nova York.
Como viram, em um dia deu para fazer muita coisa. Tudo bem que a gente deu uma corrida, mas, se você não correr, acho que três dias são mais do que suficientes para conhecer a cidade.
Dizem que os bostonianos são meio nariz em pé e eu pude sentir um ar de upscale city mesmo, talvez porque Boston seja mesmo uma das cidades mais ricas dos Estados Unidos e com ótimas universidades.
E você? Já tem uma opinião formada sobre Boston? 🙂