Eu tenho a incrível mania de estar vendo qualquer coisa e, de repente, bater um estalo e dizer “Quero fazer isso!/Quero ir lá!” e não medir esforços para realizar o meu desejo, mesmo que isso me custe um mini-ataque de pânico, como no karaokê público de Berlim, que vi no programa da Didi no Multishow, antes de cantar na frente de umas 400 pessoas – sem saber cantar bem, obviamente.
Bom, vocês lembram quando a Beyoncé lançou um álbum inteiro de uma vez e um monte de clipes? Pois bem, um deles me chamou a atenção. Um que mostrava ela toda felizinha em um parque de diversões, com um enfoque especial numa montanha-russa chamada Cyclone.
Fui logo pesquisar para saber de que lugar se tratava e descobri que era o Luna Park, um parque de diversões de Nova York, inaugurado em 1903 (!!!), que bombou na época de ouro americana e até hoje abriga a Cyclone, uma das mais antigas montanhas-russas do mundo, feita de madeira e sem cinto de segurança, porque, aparentemente, eles não se preocupavam muito com isso em 1927, ano em que foi lançada. Vish, que medo!
Mas, olhando pra cara dela, não parecia tão assustador assim, né?
Não parecia, mas foi. Pelo menos pra mim, que morro de medo de brinquedos radicais.
“Mas, Thaís, por que você quis ir lá, então?”
“Porque era uma das poucas montanhas-russas que não tem looping (e eu nunca vou em nada que vire de cabeça pra baixo, portanto tinha que aproveitar uma dessas poucas chances de ir numa montanha-russa na vida) e se a Beyoncé conseguiu sorrir lá em cima, eu também consigo!”
“E você conseguiu?”
“Não.”
Tá, eu tô exagerando. Não foi tããão ruim assim.
Eu estava tão animada por causa da Beyoncé que só fui checar a altura dela e notar a falta do cinto ou qualquer outra coisa que prenda a gente no banco lá, pessoalmente. Quando o carrinho começou a subir e eu vi que era alto pra caramba (e consequentemente a descida seria punk), eu fechei os olhos e não vi nada dos primeiros momentos da corrida (por isso que eu digo que não foi tão ruim assim :P) Desculpa, gente, eu sou mané mesmo.
Depois, eu entreguei pra Deus e curti as subidas e descidas menores, mesmo quando nas curvas o carrinho parecia que ia jogar a gente longe (ele vai muito rápido!), e o barulho da madeira, parecendo bem filme de terror mesmo. Hahaha
Bom, filme de terror foi o que essa galera passou nessa mesma montanha-russa, nesse mesmo parque, na reabertura após o inverno desse ano. Credo!
Depois dessa introdução gigante, posso falar de todo o resto.
Ir ao Luna Park vale a pena quando você tem pelo menos um dia inteiro livre em Nova York e o tempo está bom porque ele fica na beira da praia de Coney Island e por que não aproveitar para pegar sol e dar um mergulho? Aposto que você nunca tinha pensado em pegar praia em Nova York antes!
A região é facilmente acessível por metrô e a praia tem uma infraestrutura ótima, com banheiros e vestiários públicos e restaurantes, como o Nathan’s Famous Hot Dog, parada obrigatória por ter o cachorro-quente mais tradicional de NY e outras coisas deliciosas como a batata-frita frisadinha e os sanduíches de lagosta. A única coisa chata é que, como não se pode consumir bebidas alcólicas nas ruas do Estados Unidos, você tem que ficar numa cerquinha até acabar a sua cerveja, enquanto você poderia ir andando pela orla com ela, muito mais interessante, né?
E no caminho do metrô na volta, ainda paramos nessa loja onde vendiam muito doces e balas por quilo. Para quem ama os “Gummy Bears”, eles vendem em caixas grandes tipo de cereal. Uma perdição!
O parque realmente te transporta para um outro tempo, sei lá, é uma coisa meio old school, sabem? Tem até aquele mago Zoltar do filme “Quero ser Grande”. Reviver todos aqueles brinquedos que no Brasil não dão mais tanto valor assim foi incrível! Foi um dia para voltar a ser criança. Eu amei e recomendo a todos.
E, pra quem é corajoso, ainda tem essa outra montanha-russa aí que me dá desespero só de olhar. Deus me livre!
E você? Já visitou ou pretende visitar Coney Island em breve? Me conta!