Nova York é uma cidade grande, cosmopolita e cheia de zonas onde você pode se hospedar, dependendo do que você procura na metrópole.
A cidade é composta pela mais querida e desejada ilha desse planeta, Manhattan, além do Bronx, Queens, Brooklyn e Staten Island que nem entraram nesse mapa.
Como se vê acima, as possibilidades são muitas e é provável que você fique perdidinho ao tentar escolher um lugar para se hospedar. Para te ajudar, vou contar a minha experiência de três zonas em que fiquei hospedada: Mid-Town, Harlem e Bushwick, essa última no Brooklyn.
Minha primeira viagem à Nova York foi dividida em duas partes: Cheguei sozinha e fiquei num hostel por alguns dias e depois, uma amiga que não estava muito na vibe de hostel chegou e fomos para um apartamento.
O HOSTEL EM MID-TOWN
O New York Budget Inn Hostel é tudo o que um viajante que quer economizar, ficar numa área central e socializar precisa. Ficar em Manhattan é sempre mais caro e foi difícil achar diárias mais baratas do que essa. Na época que fui (Natal e Ano Novo de 2013), elas custavam 50USD, o que eu já achava um absurdo, mas fazer o quê? :/
O hostel em si, os quartos e a área de convivência são pequenos, mas isso tudo é compensado pela simpatia dos atendentes. Eles são uns verdadeiros amores e os mais animados da noite do Karaokê, quando eles dão pizza para todo mundo e, obviamente, todos são convidados a cantar. Acontece às terças e sextas, se não me engano. Ah, e eles tem um “café da manhã” incluído que consiste em um copo de café ou chocolate quente, mais alguns pequenos donuts. Muito açúcar logo de manhã para mim, mas para quem gosta…
*O fato do hostel ser pequeno facilita fazer amigos porque está todo mundo meio que no mesmo ambiente praticamente o tempo todo.
Ele fica a quatro quadras do Empire State. Dá para ir andando também até a Grand Central Station, Bryant Park e a Times Square. É uma boa caminhada, mas o que há de melhor a fazer em NYC senão andar pelas ruas como em Sex on the city, Gossip Girl ou qualquer um dos filmes e séries que tem Nova York como cenário?
Além disso, tem um lugar em frente que vende pizza por 0,99 cents e uma Duane Reade (a melhor farmácia do mundo! hehe) que fica a uns três minutos andando. E, como não poderia deixar de ser, já que Manhattan tem uma estação de metrô quase que a cada esquina, o hostel fica perto da estação 33 St., onde correm as linhas 4 e 6 (essa última vai para a parte sul da ilha, onde ficam o Financial District e a Brooklyn Bridge).
*Fui agora dar uma olhada no facebook deles para colher algums informações e dá só uma olhada no último vídeo que eles postaram. Hahaha, estamos mesmo em TODOS os lugares!
O APARTAMENTO NO HARLEM
Na verdade, alugamos um quarto no apartamento do Luis, um colombiano super gente boa que estava sempre disposto a conversar e dar umas voltas com a gente pela cidade. O valor da diária foi o mesmo do hostel, 50USD, porém ficamos num quarto só nosso e sem aquela “baguncinha” de hostel.
O quarto e o apartamento eram muito limpos e aconchegantes, principalmente no frio de -12º que pegamos. Quanto a localização, ficamos um pouco receosas por ser um bocado longe do centro, mas como não tínhamos um budget muito alto, essa foi a melhor opção custo-benefício que encontramos.
A parte do Harlem em que ficamos não tem nada de perigosa e é cheia de gente estilosa andando pelas ruas. Tínhamos a estação de metrô 135 St por perto, com duas entradas distintas, onde em uma correm as linhas A, B e C e na outra, as linhas 2 e 3.
De lá, dava para ir andando até a Igreja Batista mundialmente conhecida, a Abyssinian Church, onde rolam cultos com aqueles negros maravilhosos cantando a la “Oh Happy Day”. O estádio dos Yankees também fica perto, mas é melhor pegar o metrô, já que tem uma estação que deixa em frente ao estádio.
Depois de passar as festas de 2013 e me apaixonar perdidamente pela cidade (e quem não se apaixona?), resolvi voltar para passar o verão de 2014.
O APARTAMENTO NO BROOKLYN
Dessa vez, além de curtir o verão, eu iria fazer um curso na FIT e queria ficar em um lugar onde eu me sentisse realmente em casa, como se eu fosse uma cidadã nova-iorquina de verdade, que acorda, toma café em casa, pega o transporte público e vai trabalhar (estudar, esse caso).
Então, eu parei e pensei: “Se eu morasse em Nova York, onde gostaria de morar? No Brooklyn, claro!”
Achei o quarto no apartamento da Erin pelo mesmo valor das outras hospedagens, 50USD. Era um pouquinho caro – por não ser em Manhattan – , mas como o verão também é alta temporada, as opções abaixo disso eram muuuuito mais longe de tudo e meio estranhas.
A Erin não é tão aberta quanto o Luis, mas é simpática e ainda oferece café da manhã para os hóspedes. Tem sempre café, suco, chá, pão, manteiga e geléia. Quando eu fiquei lá, a cama não era assim e eu já tinha gostado. Agora, ela mudou alguns móveis e parece mais lindinho ainda.
O prédio é que eu não gostei muito. A escada de madeira rangia muito e o corredor tinha um cheiro de lixo constante, talvez por ter feito MUITO CALOR nas semanas que eu estava lá e o ambiente ficar ainda mais abafado.
Nova York é conhecida por ser um pesadelo para aqueles que tem medo de ratos ou outros bichinhos, principalmente no verão, quando o lixo fica por mais tempo na rua, embaixo de sol e atraindo esses seres indesejáveis. Toda vez que eu ia entrar no hall aberto do prédio, ficava tensa de passar do lado dos sacos de lixo, mas nada que um gritinho não resolvesse. hahaha
*Dentro do apartamento só vi uma barata e uma vez só. Dei um desconto porque sei bem como é morar num lugar quente como o inferno o ano todo.
Tem um mercadinho do lado do prédio e mais outros nas ruas adjacentes, além de um Subway, pizzarias e barraquinhas de comida de rua. A estação de metrô mais próxima é a Dekalb Av., onde corre a linha L e que fica a duas quadras do apartamento. Em 10-15 minutos você chega a Manhattan.
COMO É FICAR NO BROOKLYN?
É maravilhoso. Simples assim.
Bom, você irá achar o mesmo se estiver na mesma vibe que eu estava. Talvez, para uma primeira visita à cidade, o mais indicado é ficar em Manhattan mesmo porque é lá onde estão 95% dos pontos turísticos. Mas, se você já tiver conhecido a maioria e quiser ficar em um lugar cheio de arte e bares muito mais legais do que os de Manhattan, o Brooklyn é o seu lugar!
Manhattan tem boates e bares maneiros, mas como quase todos os turistas se hospedam lá, eles costumam ser mais caros e ter uma carinha mais “metida”. Além do que, toda vez que ia a algum bar por lá, eles fechavam cedo e quando eu perguntava a alguém onde seria o after, todos indicavam algum lugar no Brooklyn.
O metrô de Nova York funciona 24h por dia, 7 dias por semana, então você não terá problemas em voltar para a casa, onde quer que esteja (dentro da região metropolitana, claro).
A zona mais cool e bombada do Brooklyn é Williamsburg, sem sombra de dúvidas – e a mais cara também. Bushwick fica a algumas estações a mais de metrô e não é tão descolada quanto a zona vizinha, mas eu não vi problema nenhum em ficar por lá, já que também era segura e cheia de barzinhos e restaurantes.
Outra zona em que eu me hospedaria fácil é o Chelsea, em Manhattan mesmo.
Além de ser casa do Google, da FIT (onde eu fiz o curso), do Highline Park e do Chelsea Market, o bairro é lindo e tem sua parte mais “calminha”, repleta de prédios de tijolinhos vermelhos e grandes avenidas com lojas e movimento.
Nova York é mesmo um mundo de opções, né?
Consegui esclarecer as suas ideias? Me conta nos comentários! 🙂
*Ah, e eu jamais conseguiria achar esses apartamentos que fiquei se não fosse o Airbnb!