Como prometido (e com três anos de atraso hehe), conto aqui o que fiz na minha conexão longa na Cidade do México, em 2014, quando voltava dos EUA para o Brasil. Foram 13 horas e 3 pontos turísticos que eu visitei.
Na ida, eu também saí do aeroporto mas, foram apenas 6 horas e eu contei aqui o que eu fiz.
Haviam dois lugares que eu não abria mão de conhecer na minha primeira visita ao México: as Pirâmides de Teotihuacán e o Museu da Frida Kahlo. Outro lugar que eu também gostaria muito de visitar, apesar de nem ser religiosa, era a Basílica de Guadalupe.
Teoricamente, até daria para ter ido, já que a Basílica fica no caminho para Teotihuacán e muitos turistas fazem esse roteiro. Porém, fiquei com medo de não dar tempo de pegar o Museu Frida aberto e optei por não ir. O terceiro lugar que visitei foi o Mercado Coyoacán, que fica perto do museu.
A ZONA ARQUEOLÓGICA DE TEOTIHUACÁN
Cheguei na Cidade do México por volta das 5 da manhã e quis pegar logo o primeiro ônibus para as pirâmides, para evitar o enxame de turistas e para aproveitar melhor o dia. Ir do aeroporto para o terminal rodoviário de onde partem os ônibus é bem fácil.
No aeroporto, pega-se a Linha 5 (amarela) na direção Politécnico e 8 estações depois, é só descer na Autobuses del Norte. Saindo da estação, logo se vê o terminal rodoviário.
(Na minha conexão de ida, eu já havia comprado 4 bilhetes de metrô ($20 pesos mexicanos) para ser mais prático.)
O guichê que vende as passagens para as pirâmides é o antepenúltimo à esquerda de quem entra no terminal e a companhia chama-se Autobuses Teotihuacán. Como Teotihuacán é uma cidade, tome cuidado e peça o bilhete para Los Piramides ou Zona Arqueológica, senão você vai parar lá no centro da cidade.
A viagem dura em torno de 1:15h e a minha sugestão é que você já desça no Portão 1, para deixar as pirâmides por último. Acho que a visita fica mais impactante assim.
Mas, se quiser, se você escolher descer no Portão 2 e já sair em frente à Pirâmide do Sol, que é a maior delas.
Não lembro exatamente se consegui pegar o primeiro ônibus mas, lembro que cheguei BEM cedo. O sol ainda estava baixo, a temperatura estava BEM fria (olha que eu fui no início de agosto, hein!) e, além de mim, haviam só outras duas pessoas para visitar a zona.
Mas, não se engane com a temperatura, porque a caminhada é longa e depois de um tempinho, o sol já está rachando o côco! Não se esqueça de levar água e filtro solar.
Como em qualquer outro ponto turístico, sempre vai haver alguém se oferecendo para ser seu guia em troca de dinheiro. E, como eu tenho imensa dificuldade em dizer não quando a pessoa insiste muito e o senhor era muito simpático, deixei ele me acompanhar durante a minha visita. Mas, ele percebeu que eu não iria dar dinheiro e ficou comigo só na primeira parte da zona arqueológica.
Não sei porque não tenho muitas fotos dessa primeira parte mas, era bem interessante. Comecei o passeio pela La Ciudadela e o Templo de Quetzalcoátl, para depois seguir pela Calçada dos Mortos até chegar às pirâmides.
Se você está lendo este post, imagino que já tenha pesquisado e tenha uma ideia do que foi Teotihuacán. Não vou me estender mas, digo que Teotihuacán foi uma das maiores cidades do mundo entre os séculos III e V, povoada pelos astecas e seu nome significa “lugar onde nascem os deuses”.
Ninguém sabe ao certo como a cidade acabou mas, o lugar é Patrimônio Mundial da UNESCO e um dos mais visitados do país. Talvez por abrigar a terceira maior pirâmide do mundo, a Pirâmide do Sol. Eu, que sou fascinada por História e por acreditar que esse lugar ainda guardava uma energia incrível, não pensei duas vezes em ir.
Depois de andar bastante, eis que surge a famosa pirâmide à direita da avenida. Linda, gigante e imponente. E, posso falar a verdade? Dá um medinho de subir, afinal, são 248 degraus! Muitos deles super estreitos. Perdi a conta de quantas vezes parei para descansar até chegar no topo mas, óbvio que eu não ia desistir, né?
A recompensa foi a vista do ponto mais alto da cidade, pouquíssimos visitantes e uma sensação indescritível de paz e conexão com o lugar.
Depois que desci, segui para a Pirâmide da Lua porém, não subi nela. Estava cansada, o dia seria longo e o sol já estava castigando! Explorei um pouco mais o lugar, saí pelo portão 2 e depois de alguns minutos, o ônibus passou e eu o peguei de volta para a CMX, com direito a trilha sonora ao vivo de mariachis que foram animando a viagem. hehe
MUSEU FRIDA E O MERCADO COYOACÁN
De volta à estação Autobuses del Norte, peguei a linha 5 (amarela) direção Pantiján e troquei para a linha 3 (verde musgo) apenas 1 estação depois, na La Raza.
Quando pesquisei os mapas e caminhos que iria percorrer, esqueci completamente de como a Cidade do México era GIGANTE! Então, cada “percursozinho” na minha cabeça, na real era um percursozão. Até na troca de linhas de metrô, você precisa andar bastante. Demorei 1hr até chegar à estação Viveros, que fica bem em frente ao parque Viveros de Coyoacán.
Eu pretendia apenas passar por ele no meu caminho para o museu mas, o parque era tão agradável e eu estava tão cansada da viagem (o ritmo nos EUA tinha sido bem intenso), que eu deitei num dos bancos do parque e lá cochilei por um tempinho. kkkk
O lugar também era gigante e abriga várias espécies de plantas. É como se fosse um Jardim Botânico do Rio de Janeiro e, se eu tivesse mais tempo, com certeza teria explorado com mais atenção.
Saí do parque e ainda andei por cerca de meia hora para chegar ao museu, que fica no mesmo bairro. A vizinhança é bem bonitinha e quando avistei a famosa casa azul (e a fila também giga), meu coração acelerou.
Frida é uma inspiração para mim e tenho um enorme carinho por ela. Tanto que merece um post especial e aqui eu conto como foi a minha experiência na sua casa.
Depois de me recuperar, – sim, a visita me deixou chorosa e com um bolo na garganta – fui andando até o Mercado Coyoacán, uns três quarteirões depois.
O maior atrativo desse mercado são as famosas tostadas, que consistem em tortilhas de milho abertas com o recheio por cima. E, dizem que se você não comer as tostadas na barraquinha Tostadas Coyoacán (essa mesma amarela das fotos), você não comeu direito. E, deve ser verdade, já que é onde fica mais cheio.
Além de comida, o mercado tem muitas opções de vestuário, acessórios e coisas para a casa, como as conhecidas caveirinhas de cerâmica. Saí de lá com uma mochila de trama artesanal e um cofrinho de porquinho pintado de Homem-Aranha.
Agora, no final do post, é que lembro porque não tenho muitas fotos. Celular de 16gb é fod* e já estava lotado de fotos dos EUA. Uma pena não poder mostrar mais a vocês. 🙁
Para sair do mercado e voltar ao aeroporto, foi mais complicado. Porque como agora eu sabia que teria que andar um tempão até a estação de metrô mais próxima e o táxi sairia uma fortuna na hora do rush, a minha opção foi pegar um ônibus que me deixasse em alguma estação do metrô.
E para pegar esse ônibus? Tenso!
Meu espanhol é péssimo e as pessoas não entendiam nem meu espanhol ruim, nem meu português, nem meu inglês. A hora passando e eu já com medo de perder meu voo, segurei na mão de Deus, entrei no primeiro ônibus que me indicaram e torci para o motorista não esquecer de me avisar quando chegasse meu ponto.
Não lembro exatamente em qual estação fui parar mas lembro que demorei ainda um tempão fazendo baldeação e pelo próprio percurso do metrô. Felizmente, cheguei a tempo do meu voo e bem realizada por ter conhecido um pouco do México nessas duas conexões.
Se valeu a pena? Com certeza!
E, adoraria voltar ao México para uma viagem completa. 🙂
Oi Thaís, pela sua experiência queria uma opinião!! Chegarei na cidade do México as 15:40 e sairei no outro dia as 15:30, da tempo de ir até às pirâmides? Vi que abre só as 9:00 🙁
Olá, Renata!
Eu acho que dá sim. Se você chegar lá antes das 9h e pegar o complexo abrindo, dá para ficar até o meio-dia mais ou menos (acho que para ver tudo com bastante calma, levamos umas 2:30, 3h. Mas, se você andar rápido, deverá demorar menos).
Daí, saindo de lá meio dia e indo direto pro aeroporto, acho que dá tempo sim.