Viajar pelo Sudeste Asiático foi uma das coisas mais legais que já fiz na vida porque é enriquecedor, libertador e relativamente fácil circular por aquela região. Porém, já vou te adiantando que caso você queira ir com tudo programado como eu fiz, o processo de organização é um pouco trabalhoso. Mas, calma, eu estou aqui para te ajudar! 😀
Saí de casa com todos os trajetos aéreos comprados, 90% das hospedagens reservadas e tudo bem anotadinho num papel mas, mesmo assim, mudei algumas coisas na hora porque esse tipo de viagem é (ou deveria ser) bem easy going, do tipo que a gente acorda e pensa no que vai fazer no dia, se fica mais tempo ou não em tal cidade, principalmente se você tiver tempo sobrando. A maioria dos mochileiros que conheci lá não tinha data para voltar e até os que tinham, resolviam muitas coisas na hora. Inclusive, a dica de todas as pessoas que já tinham viajado para lá antes de mim foi que eu deveria fechar a hospedagem só quando chegasse nos lugares ou, no máximo, reservasse só a primeira noite. Mais pra frente explico porquê.
ESCOLHER DATAS
Esse primeiro passo não é tão simples como em uma viagem à Europa onde você decide se quer ir no verão ou inverno. O clima no Sudeste Asiático é definido pelas monções, os fenômenos que levam as chuvas para os países. Galera, MUITA ATENÇÃO, eu não estou falando de qualquer chuvinha ou temporal de verão do Rio de Janeiro não. São chuvas TORRENCIAIS que podem durar vários dias, enchentes que fecham as estradas e andar de barco, nem pensar!
O que dificulta saber se você está indo em um mês bom ou não é que a época das monções varia de um país pro outro mas, no geral, a época seca (e alta temporada) naquela região é de novembro a março. E, não se engane, mesmo que essa época se chame “inverno”, as temperaturas são bem altas (beirando os 40º) e a umidade também, dando a sensação de “Peraí! Eu vim parar no Rio de Janeiro de novo? Nãooooo!”
Eu fui na segunda semana de novembro. Muita gente vai logo depois do Natal para passar o Ano Novo na Full Moon Party, uma das maiores festas na praia do mundo, em Koh Phangan, Tailândia. Outras pessoas preferem fugir do Carnaval no Brasil e optam por fevereiro e março. De qualquer forma, me pareceu que tem gente o ano todo lá mas, tem que ter muita coragem de ir na época chuvosa, além de ser um desperdício de dinheiro, na minha opinião.
ESCOLHER PAÍSES, SE INFORMAR E APLICAR PARA OS VISTOS
Essa é parte mais legal e também a mais tensa. Por que tensa, Thaís?
Porque quando a gente começa a planejar, fica animada para conhecer o máximo de países que puder, mas depois de uma semaninha pesquisando os detalhes, chega a sensatez e você tem que cortar um monte de coisas com dor no coração. :'(
É fácil viajar por aquela região porque existem voos para as principais cidades saindo de todos os aeroportos mas, acontece que os atrasos não são incomuns, o trânsito não ajuda (principalmente em Bangkok) e os dias de deslocamento são contados como dias perdidos.
Os trajetos aéreos são responsáveis por encarecer bastante o orçamento e você tem a opção de ir de trem ou ônibus para vários lugares, caso não possa gastar muito, mas lembre-se que vai perder mais tempo ainda.
O calor, acordar de madrugada para os transfers, a tensão da mochila não passar como bagagem de mão, a demora para embarcar, chegar e sair do aeroporto, negociar com taxistas, tudo isso me deixa inutilizada. Fiz parte da viagem com dois amigos e eles sempre tinham pique para fazer algo depois disso tudo. Eu não, sempre ficava enjoada, com dor de cabeça e só querendo cama nos dias que a gente tinha que viajar. Vai depender da sua disposição contar ou não esses dias como perdidos.
Mesmo se você for da turma da animação total, recomendo fortemente pensar com calma no tempo disponível que você tem e no que você não pode deixar de conhecer, adicionar alguns poucos países e pronto! Nada de pula-pula nos lugares porque você vai se arrepender de não passar mais tempo nas cidades, eu sei. Hehe
O Sudeste Asiático é composto por 11 países e estes são: Brunei, Camboja, Filipinas, Indonésia, Laos, Malásia, Myanmar, Singapura, Tailândia, Timor Leste e Vietnã.
Estes são os que eu visitei, seus pontos de interesse, vistos e tempo recomendado em cada cidade que passei.
TAILÂNDIA
O país queridinho e mais visitado pelos mochileiros, tendo Bangkok como um dos principais hubs daquela região, é parada obrigatória. O país realmente faz jus ao seu slogan de “País do Sorriso”. As pessoas são muito fofas, receptivas, simpáticas e quase todas falam inglês. É um país pronto para o turismo, cheio de agências, transfers, passeios e tudo mais o que você imaginar que possa precisar.
É bom para: Praias paradisíacas, festas, fazer amizades, contato com natureza, templos, retiros de meditação, aulas de culinária.
Visto: Brasileiros não precisam de visto e podem ficar até 90 dias no país. A única exigência é o Certificado Internacional de Vacinação provando que você tomou a vacina contra a febre amarela.
PONTOS DE INTERESSE
Bangkok (3 a 4 dias) – É a capital louca, imensa, de trânsito caótico e cheia de tuk-tuks. Templos, mercados flutuantes, o centro moderno de negócios e shoppings e a Khao San Road, a rua dos mochileiros onde tudo acontece que ficou famosa pelo filme “Se Beber, Não Case 2” são as principais atrações. De lá, você pode facilmente ir em um day tour até Ayutthaya, a antiga capital do país, que hoje conta com um parque arqueológico de ruínas dos templos antigos. E a pouco mais de duas horas de Bangkok, está a cidade de praia de Pattaya.
Chiang Mai (3 a 4 dias) – Fica ao norte e dizem que é a capital espiritual do país. Eu amei assim que cheguei só por ser muito mais fresquinha que Bangkok. A cidade tem uma leve cara de interior, canais, um milhão de opção de tours, outro milhão de templos para visitar, conversas com monges, aulas de culinária e é lá onde você pode ver elefantinhos de perto. Eu recomendo de olhos fechados o Elephant Nature Park para isso. <3 De lá, você pode ir até Chiang Rai, ver o Templo Branco e passar uns dias em Pai, uma cidade com cachoeiras, trilhas e vibe mais roots.
Krabi (3 dias) – Krabi é uma cidade de onde partem os ferrys para Koh Phi Phi. No centro, há um mercadinho de rua (mas, nada mais que isso) e por ficar mais perto do aeroporto, talvez seja mais conveniente se hospedar lá por uma noite. Porém, o mais legal é ficar hospedado em Ao Nang. A praia de Ao Nang não é tão especial assim, mas fica a 5 min de táxi boat de Railay Beach, uma parte do continente incrível e lindíssima. Saindo de Krabi, você também pode fazer tours para a James Bond Island (eu fiz e não gostei desse, mas vai que você gosta?), Long Islands e 4 Islands. Amei a vibe de Ao Nang à noite. Me lembrou a Região dos Lagos do Rio de Janeiro, com bastante lojinhas e restaurantes legais, música ao vivo e tal.
ILHAS
Eu separei 11 dias (contando com os dias de deslocamento) para o sul da Tailândia e só fui para 2 ilhas + Krabi. Para mim, isso foi o ideal. Então, caso queira ir para mais ilhas, recomendo que tenha mais tempo por lá.
Koh Phangan (2 dias) – Fica do lado direito do continente, no Golfo da Tailândia. O motivo de ter ido a essa ilha foi a Full Moon Party. Tirando essa festa, não achei que a ilha tinha muitos atrativos. Koh Tao e Koh Samui, suas vizinhas, são bem conhecidas para praticar mergulho.
Koh Phi Phi (3 a 4 dias) – Essa já fica do lado esquerdo do continente, no Mar de Andamão. É a ilha tailandesa mais famosa e a que TODOS querem visitar. Por causa disso, os preços dobram. Tudo é muito mais caro: da água a hospedagem. É realmente linda, mas para quem conhece Ilha Grande, no Rio de Janeiro, não é tããão assim de cair o queixo. Talvez o mau tempo não ajudou na minha perplexidade com a ilha. Hehe É lá onde fica a famosa Maya Bay, eternizada no filme “A Praia”.
A noite na ilha é bem animada com shows pirotécnicos nos bares que ficam na praia de Loh Dalam. No centrinho da ilha há um bar onde qualquer um pode lutar muay thai e ganhar cerveja no final e opções de restaurantes.
Phuket – Phuket já viveu seus dias de glória . Antes de partir para a Tailândia, li em todos os blogs que, atualmente, a ilha só se resumia a prostituição, muita bebida e drogas. Por isso, não incluí no meu roteiro. Ainda assim, conheci MUITA gente que estava indo para lá. Sinceramente, não sei porquê. Talvez para pegar um ferry para Koh Phi Phi, pois eles também saem de lá.
Koh Lipe – Outra ilha do Mar de Andamão. Essa fica beeeem longe, quase na Malásia e por ser tão distante, dizem que ainda não foi muito descoberta pelos turistas e os que vão lá, se apaixonam.
SINGAPURA
Único país do mundo com apenas 1 cidade, Singapura destoa de todo o Sudeste Asiático. Ex-colônia inglesa, é super desenvolvida e rica. É o quarto maior centro de negócios do mundo e tudo é MUITO caro. Para a gente que tinha passado tanto tempo na super barata Tailândia, foi um choque. Eu não fazia questão de conhecer Singapura, mas como meus amigos iam para lá, fui na onda. Se você tiver com grana, vai valer a pena por causa dos passeios pagos. Se tiver sem, recomendo riscar do seu roteiro. Até porque é muito mais quente do que a Tailândia e, senhor, a gente não precisa de mais calor! 😛
É bom para: ver prédios modernos, hotéis luxuosos, entrar em contato com muitas culturas diferentes em um só lugar e compras.
Visto: Brasileiros não precisam de visto e podem ficar até 30 dias no país. Os sites também falam da exigência do Certificado Internacional de Vacinação, mas não me pediram. Talvez porque viram que eu estava vindo da Tailândia, país que também exige isso na entrada.
PONTOS DE INTERESSE
Bayfront – É à beira d’água onde ficam alguns pontos turísticos como o Merlion, o leão símbolo do país e o Marina Bay Sands, o hotel dividido em três torres com o topo em formato de barco apoiado nelas, incluindo uma piscina de borda infinita, a mais alta do mundo! :O
Little India – Zona indiana com muitos restaurantes, lojinhas e templos como manda o figurino.
Chinatown – A mesma coisa da Little India, só que chinesa. Também conta com um centrinho ótimo para compra de souvenirs.
Arab Quarter – A mesma coisa que Little India e Chinatown, só que com cultura árabe e uma mesquita. Eu não disse que eram muitas culturas em um só lugar?
Universal Studios – A entrada custa 74 dólares singaporeanos, vai encarar?
Orchad Road – Rua com muitos shoppings e hotéis.
Clarke Quay – Zona dos bares, onde uma cerveja pode chegar a custar 10 dólares (e no happy hour!) WTF? #sddstailandia
Ao meu ver, 3 dias são suficientes para conhecer Singapura.
MYANMAR
O Myanmar (antiga Birmânia) sofreu sob o regime de uma ditadura tenebrosa que arrasou o país e o transformou num dos países mais pobres do Sudeste Asiático. 🙁
Tanto que o país está aberto para o turismo somente há cinco anos e isso fica bem claro quando você chega lá. A infra-estrutura é bem precária e praticamente ninguém fala inglês. As pessoas tem um misto de timidez, rispidez e curiosidade acerca dos turistas mas, mesmo assim, recomendo visitar o país do jeito que está agora. Em alguns anos, o Myanmar se tornará um dos países mais visitados dessa região e perderá a autenticidade.
É bom para: se desligar de tudo, ver paisagens belíssimas, templos, explorar o desconhecido.
Visto: Brasileiros (e acho que praticamente todo mundo) precisam de visto e a carta de permissão é expedida facilmente pelo site do governo sob a taxa de 50 dólares. Com a carta em mãos, o visto é feito no aeroporto no momento da chegada. O período de permanência é de 30 dias.
PONTOS DE INTERESSE
Yangon (1 dia) – É a capital do país e por onde chegam a maioria dos voos. Como toda capital, é meio caótica e não tem muita coisa para ver, além da Shwedagon Pagoda, um complexo budista com uma estupa de ouro medindo 98m de altura. :O
Bagan (2 noites) – É uma cidade fantástica onde já houveram mais de 2000 templos!!!!!!!
Com praticamente todos em ruínas, a magia é alugar uma motoca e se perder nos caminhos que levam aos templos, parando quando tem vontade, entrando e explorando as milhares de imagens de Buda e inscrições nas paredes. Assistir ao nascer do sol é atividade imperdível porque a paisagem consegue ficar ainda mais linda com os balões no cenário. Caso queira fazer um passeio de balão, terá que desembolsar 300 dólares.
Mandalay e Lago Inle são as outras duas regiões mais visitadas do país.
VIETNÃ
O Vietnã é um dos países mais visitados do Sudeste Asiático, tem uma cultura interessantíssima e assim como a Tailândia, me pareceu bem pronto para o turismo. Pelo menos na capital Hanoi, as pessoas são muito prestativas e muitos querem ou estão aprendendo inglês.
Foi lá onde encontrei mais mochileiros “genuínos” que estavam cruzando o país de ônibus, moto e até bicicleta, passando por cidades incríveis. E eu fiquei morrendo de inveja! Definitivamente, o Vietnã vai ser o primeiro país que voltarei no Sudeste Asiático porque eu não conheci metade do que ele pode me oferecer.
É bom para: viver o caos de cidades grandes, conhecer aldeias rústicas, comer bem, praias e cachoeiras.
Visto: Brasileiros precisam de visto e o processo é mais chatinho. Assim como no Myanmar, uma carta de permissão precisa ser emitida primeiro e com ela, o visto é feito no aeroporto de chegada. Como são vários os sites que emitem essa carta, achei meio confuso. A taxa para emissão da carta varia de 10 a 30 dólares e o visto em si custa 25 dólares, com duração de 30 dias. Caso chegue por terra, o processo de visto é ainda mais complicado porque não pode ser feito dessa forma.
PONTOS DE INTERESSE
Hanoi (3 dias) – Eu fiquei 6 dias inteiros e, na correria, conheci a cidade e fui para tours em Halong Bay e SAPA. Acho que Hanoi é a cidade com o maior número de motos do mundo e o trânsito é coisa de louco porque não existem regras. A parte antiga da cidade é sensacional para entrar em contato com os vietnamitas, comer bem, comprar souvenirs e se perder pelas ruas.
Halong Bay (2 noites) – A baía que fica a mais ou menos 4 horas de Hanoi é patrimônio da UNESCO e uma das 7 Maravilhas Naturais do Mundo. Com mais de 3000 (!!!!) ilhotas, o cenário é deslumbrante. Uma pena que quando fui estava tão frio e chuvoso. (Hanoi fica no norte do Vietnã, perto da China, então o clima é bem diferente dos outros países que já havia passado.)
Os tours saem de Hanoi e os preços variam de agência para agência, dependendo do tipo de barco. Recomendo bookar com o hostel/hotel que você estiver hospedado o tour de 2 noites e 3 dias para poder aproveitar bastante.
SAPA (2 noites) – A região rural fica bem perto da fronteira com a China e parece que você está em outro país porque eles até tem seu dialeto próprio. É lá onde ficam as lindas plantações de arroz, tribos e trilhas de dificuldade level hard.
Hoi An – No meio do país, Hoi An é a preferida de 10 entre 10 mochileiros. É uma cidade pequena, arrumadinha, cheia de alfaiates que fazem qualquer modelo de roupa para você em até 1 dia. À noite, ela se ilumina com as várias lanternas que fazem parte da decoração da cidade. Meu coração dói até hoje por não ter ido lá. :'(
Nha Trang – Cidade de praia, dominada pelos russos (?). Tem até um parque aquático por lá.
Da Lat – Cidade de serra e cheia de flores e cachoeiras. Parece ser bem romântica.
Mui Ne – Outra cidade praia, onde a prática de windsurf é comum. É lá onde você pode ver muitas dunas (parece um deserto!) e andar de triciclo por elas.
Ho Chi Mihn (antiga Saigon) – É a maior cidade e centro financeiro do país. Interessante se você quiser saber mais sobre a guerra porque a maioria dos museus destinados a ela ficam lá. Além disso, outra atividade comum é descer o Rio Mekong de barco.
Phu Quóc – A ilha que fica na fronteira com o Camboja ainda não foi descoberta pelos turistas e por isso, dizem que é um paraíso e tão linda quanto as ilhas tailandesas.
COMPRAR PASSAGENS
É agora que o bicho pega! 😀
Com os lugares que quer visitar escolhidos, é hora de passar bastante tempo nos sites de passagens vendo qual é a melhor combinação para você. É melhor começar ou terminar no Laos? Como eu vou do Camboja para o Vietnã? De ônibus ou de avião? Compro as passagens de ônibus agora ou não?
Quando você começa a comprar as passagens, vê que o seu tempo ainda é mais curto porque, infelizmente, para algumas cidades só existem 1, 2 voos por dia e em horários terríveis. Eu, por exemplo, quando fui do Myanmar para o Vietnã, perdi 1 dia e meio inteiros. Foram 1 ônibus, 2 voos e muuuuitas horas de espera porque não havia horários que se encaixassem de uma forma melhor.
Eu recomendo comprar somente as passagens de avião com antecedência. As intercidades de ônibus são bem tranquilas de comprar na hora ou com 1 dia de antecedência e eu adoro essa mágica de mochilão de resolver qual o seu próximo destino naquele país somente quando você está lá. Porque é só lá que você vai sentir a vibe do lugar, fazer amizades e por que não seguir viagem com uma nova companhia que acabou de conhecer?
Se fosse em outro lugar, eu até diria que isso pode ser perigoso, mas como já estive lá e vi com os meus próprios olhos que é muito comum as pessoas se conhecerem no albergue e decidirem passar alguns dias em determinada ilha ou subir para o norte juntos, por exemplo, eu não acho a pior das ideias. Ah, e mesmo que você não queira, vai acabar encontrando as mesmas pessoas algumas vezes pela sua viagem, afinal, estão todos viajando pela mesma região e é muito comum se cruzarem sem querer.
PESQUISAR (E RESERVAR) HOSPEDAGENS
Com as datas bases definidas, você já pode reservar seus hostels/hotéis ou, se quiser chegar lá na cara e na coragem para ver qual te agrada mais, pesquise pelo menos onde eles ficam. Você não vai querer rodar cansado por um lugar que não conhece absolutamente nada.
Também há a opção de reservar só a primeira noite para ter um lugar garantido para descansar e depois resolver o resto baseado nas opiniões das pessoas que conhecer pelo caminho ou apenas feeling mesmo. E, se você tem um mês na Tailândia, por exemplo, mas não sabe quanto tempo quer ficar em cada cidade, não faz o menor sentido reservar a hospedagem com antecedência. E sim, é muito fácil e às vezes até mais barato (porque você pode tentar negociar) fechar a hospedagem na hora. Fizemos isso nas duas vezes que passamos por Krabi e em Bagan só tínhamos a primeira noite reservada.
TOMAR AS VACINAS
Sim, isso é um saco, porém necessário. A única vacina obrigatória para aquela região é a da febre amarela mas, por precaução, eu tomei outras. Como no próprio site do lugar onde fiz o voluntariado havia recomendação para as vacinas contra o tétano, febre tifóide e polio, fui ao Centro do Viajante da minha cidade para pegar mais informações e saí com a prescrição para as vacinas contra as hepatites A e B também. A minha carteira de vacinação do Brasil estava uma zona e eu não sabia mais o que tinha tomado ou não, então achei melhor tomar todas, mesmo que fossem repetidas. Dependendo do lugar que for visitar, a preocupação com a malária deve ser considerada e você poder tomar um medicamento para ela, já que não há vacina.
ORGANIZAR O ORÇAMENTO E TROCAR DINHEIRO
Tem gente que inclui no orçamento o valor das passagens e hospedagens. Eu prefiro chamar de “orçamento” só o que gasto com comida, passeios e coisas no dia a dia. Para essa viagem de 41 dias + 1 dia de conexão na China, onde eu sairia do aeroporto, levei 1100 euros, o que dava mais ou menos 26 euros por dia. Mais do que suficiente na Tailândia, mas um sufoco em Singapura. Eu também precisei sacar 300 dólares em Singapura porque os passeios no Vietnã eram meio carinhos e porque tive um gasto grande numa emergência médica. O gasto médio de um mochileiro no Sudeste Asiático é de 50 dólares por dia, incluindo a hospedagem ou não, dependendo se ele estiver no modo ostentação ou não. Haha
Isso depende só de você e do seu estilo de viagem. Eu fui numa vibe bem mendiga e estava amando comer nas barraquinhas de rua, mas depois de uma forte reação alérgica (a tal emergência médica), precisei comer mais comida ocidental, o que me custava o triplo do preço. Eu quase não comprei nada, pechinchava tudo (não se preocupe, eles adoram isso!) e não fiz todos os passeios que as pessoas fazem. Acho que não bebi uma só vez em bares, só comprava cerveja nas lojas de conveniência por metade do preço. Salve 7/11!
A maioria leva dólar e troca por moeda local assim que chega no país. Eu levei euros (super aceito também) e sempre trocava só o suficiente para sair do aeroporto (onde a cotação é sempre absurdamente mais cara) e ia trocando aos poucos nos outros dias.
COMEÇAR A PENSAR NO QUE VAI LEVAR
Medicamentos, roupas, sapatos, lanterna e outros apetrechos importantes para um mochilão. Se você não tem ainda uma mochila, recomendo comprar uma de 50L que é mais do que suficiente para uma viagem dessas. E não leve mala de rodinhas porque vai dificultar muito a sua locomoção.
Você pode ver aqui como organizar essa parte: MOCHILÃO SUDESTE ASIÁTICO: O que levar
PRONTO, AGORA É SÓ COMEMORAR!
Sim, você está prestes a viajar para umas das regiões mais incríveis do globo. Boa sorte e boa viagem! 😀
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Ameeei, chará!!
Estou pensando em fazer um mini-mochilão por lá no final desse ano e seu post me ajudou e me animou bastante. Pretendo ir sozinha e será uma experiência incrível e acho que no lugar certo! E assim me motivo a concretizar o sonho de iniciar meu blog de viagens também, vamos ver!! Esperando ansiosamente pelos próximos posts! Grande beijo e sucesso!!!
Oba, Thaís! Quanta notícia boa!
Viajar sozinha, mochilão pelo Sudeste Asiático e blog de viagens não tem como ser ruim. Desejo toda a sorte para você e se precisar, estou por aqui. Beijos! 😀