“Lições Mágicas” é uma série de posts baseada nos podcasts do livro “Big Magic – Creative Living Beyond Fear” ou “Grande Magia – Vida Criativa Sem Medo” da autora Elizabeth Gilbert.
Como o próprio título já diz, o livro é sobre criatividade e todos os aspectos que estão envolvidos no exercício da mesma, principalmente o medo e a procrastinação.
As tais *Lições Mágicas* são como mapas para o caminho da criatividade. Aquele empurrãozinho extra que a gente precisa quando se sente empacado nas nossas vidas criativas.
A lição de hoje é sobre como devemos dar a devida atenção às nossas ideias porque sim, aparentemente, elas tem vida própria e querem ter uma conversinha com você. ????
O emprego nosso de cada dia é mesmo o vilão da vida criativa?
Missy trabalha em um call center mas sempre gostou de escrever. Ela não tem grandes aspirações em se lançar como escritora, mas quer exercitar esse lado criativo e espera terminar algumas histórias – que tem procrastinado em fazer – em breve.
Ela não gosta do emprego que tem, mas sabe que precisa sobreviver e pagar as suas contas.
Entretanto, ela também sabe que todos os dias passa horas suficientes sem criar nada e precisa de um tempo para não perder a si mesma. Porque o que aquece a sua alma é escrever.
Essa história lhe parece familiar?
Alguns empregos parecem terem sido criados apenas para expulsar a criatividade da vida diária das pessoas. Empregos chatos, burocráticos e até mesmo os próprios empregos chamados criativos podem minar a sua força de vontade para concretizar um projeto só seu.
Eu mesma tenho um ótimo exemplo disso. Eu sou designer e trabalhei por muito tempo para uma marca de acessórios de moda. O nosso trabalho nos permitia – e mais do que isso, nos exigia – sermos criativos, só que sempre direcionados e comandados pelos nossos chefes. Quando se passa muito tempo em um emprego assim, aquilo vira feijão com arroz e mesmo “criando”, a sensação é de não estar criando nada, sabem?
Nos últimos anos, a vontade de ter um negócio próprio em paralelo ao que fazíamos todo os dias começou a pipocar na maioria dos funcionários e sempre nos pegávamos suspirando e dizendo “Ah, se eu tivesse tempo para trabalhar nisso!”. O expediente acabava, a gente voltava pra casa e essa frase se repetia a cada dois finais de semana. Os quais a gente passava à toa na praia ou assistindo Netflix.
Só que quando a gente precisava fazer hora extra e ficar até de madrugada no escritório, fazíamos reclamando um pouquinho sem reclamar. Então por que é que no nosso tempo livre, quando a gente tinha a chance de trabalhar para nós mesmos, para a nossa própria ideia, não fazíamos?
Isso não parece louco e contraditório?
A ideia está obcecada por você
Elizabeth ressalta que muitas coisas – e aqui acho que ela também se refere aos grandes criadores da humanidade – foram criadas por pessoas que não tinham tempo, treinamento (pessoas que sequer tinham um diploma na área escolhida), recursos e mesmo quando parecia impossível, elas saíram com algo. Seres criativos são inquietos por natureza e eles devem a essa inquietude e persistência a criação do novo.
Ela também diz que todo talento que temos e deixamos de lado se transforma em um fardo e começa a doer, igualzinho a um certo sentimento que conhecemos bem:
A sensação de ter uma boa ideia e querer concretizá-la é a mesma de quando estamos apaixonados. Você não consegue evitar e pensa nela o tempo todo!
Ela vem até a nós no nosso tempo livre, ao dormir, nos sonhos, ao acordar…
A danada não te deixa em paz e até parece dizer no seu ouvido de vez em quando “Ei, me dá atenção!” buy cialis overnight. É o que te enche de inspiração, te desafia e tenta te seduzir. Então, abrace-a e tenha um caso amoroso com a sua ideia, por favor!
Porque da mesma forma que você quer atingir um objetivo através da sua ideia (seja para um projeto criativo ou abertura de negócio), ela quer ser trabalhada para deixar de ser apenas uma ideia e passar para o plano real.
Conecte-se com a sua tribo
Mesmo que ninguém da sua família ou grupo de amigos faça parte da turma de criativos, você pode encontrar ou criar a sua própria comunidade.
Elizabeth conta nos primeiros 10 anos (!!!) em que ela escreveu, antes de ficar famosa, ela procurou aspirantes a escritores em sua região e fundou um workshop onde eles se encontravam frequentemente para ler o que escreviam, tomar cerveja e comer pizza. ????
Esses dias mesmo estava conversando com um amigo sobre como tenho me sentido desestimulada apesar do tempo que tenho para me dedicar ao meu próprio negócio, esse tão almejado tempo de sobra que eu sonhava ter na época que tinha o meu emprego. E daí, chegamos a conclusão de que pessoas criativas precisam estar rodeadas de outras iguais para que haja movimento, troca de ideias, e críticas construtivas (cuidado com as pessoas que querem ser apenas cruéis).
Espaços de coworking, grupos no facebook e fóruns para assuntos específicos são bons lugares para circular, ver o que está rolando e fazer contatos na sua área.
E como já falei aqui (vide as horas extras no escritório), parece que fica mais fácil quando temos alguém cobrando e esperando pelo resultado do seu trabalho do que apenas criar para si mesmo. Então, vocês podem determinar tarefas a serem cumpridas por semana, por exemplo.
O que Rumi (e a Liz) quer dizer
Quando corremos atrás de algum sonho, na verdade estamos indo em direção a nós mesmos porque se as ideias surgem da nossa cabeça, significa que elas são partes vivas de nós. E se a ideia for grande e forte o suficiente para nos movimentarmos (ou pelo menos intencionarmos a fazer), é porque é realmente importante e devemos nos dedicar com todo o coração.
“O que você procura está procurando por você.”
Sim, é desse encontro bonito consigo mesmo que eu estou falando.
Leia os outros posts da série:
INTRODUÇÃO – Como viver uma vida criativa e vencer a procrastinação
LIÇÃO 1 – Faça o que acende a sua alma
LIÇÃO 2 – Siga sua paixão com garra (especial para mães)
Para ouvir mais sobre o assunto, baixe os podcasts AQUI. (em inglês)
E eu continuo querendo saber como está indo o seu processo criativo. Me conta nos comentários? ????
Buscando conteúdo sobre a frase de Rumi cheguei aqui. Grata surpresa, prazer imenso conhecer sua página. Me encantei com diversas das suas playlists do Spotify e continuarei visitando. Sucesso Oh, Thaís!
Olá, Van!
Que lindo o seu comentário!
Fico muito agradecida pelas suas palavras e desejo muito sucesso para você também! <3